Feira de Arte e Artesanato da Avenida Afonso Pena

Considerada a maior exposição de artesanato de toda a América Latina, a Feira de Arte e Artesanato da Avenida Afonso Pena atrai cerca de 60 mil visitantes entre a manhã e o começo da tarde de todos os domingos. São 3.000 expositores que comercializam uma enorme variedade de produtos, como vestuário, bijuterias, cintos, calçados, bolsas e acessórios; flores e arranjos; cestaria, mobiliário, objetos de decoração e utilidades domésticas; tapeçaria, artigos para cama, mesa e banho; artigos infantis, artes plásticas e alimentação. As barracas expositoras possuem cores diferentes e estão divididas em 17 setores.

A cada domingo, as vendas movimentam cerca de R$ 1 milhão e atraem compradores do interior de Minas Gerais e de Estados vizinhos, como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, além de turistas estrangeiros. A avenida Afonso Pena, onde estão instaladas as barracas, é a principal via do centro de Belo Horizonte, no trecho entre a Rua da Bahia e a Avenida Carandaí. Em uma de suas margens, fica o Parque Municipal, uma das principais áreas verdes da cidade. O parque foi inaugurado em 1897, ano da fundação da capital.

Parte integrante da programação de lazer nos fins de semana na capital, a feira teve sua origem em 1969, na Praça da Liberdade – onde se localiza a sede do governo estadual. A idéia partiu de um grupo de artistas e críticos de arte para criar uma exposição cultural ao ar livre, que, na época, ficou conhecida como Feira Hippie. O objetivo era dar oportunidade a novas gerações de artesãos e artistas. A iniciativa logo se tornou ponto de encontro de várias gerações e despertou a atenção dos visitantes e turistas para a diversidade dos trabalhos expostos.

Com o passar do tempo, a Praça da Liberdade se mostrou insuficiente para atender ao grande afluxo de público, comprometendo a preservação de seus jardins e equipamentos. Em 1991, fez-se a transferência para a Avenida Afonso Pena. Na nova versão, a feira tornou-se ainda mais conhecida e trouxe artesãos e pequenos comerciantes de várias regiões de Minas e de outros Estados, que visitam o local em busca de mercadorias diferenciadas. Muitos chegam à capital em caravanas de ônibus de excursão.

A região se tornou ponto de encontro para os moradores de Belo Horizonte, que fazem da feira um divertido programa de domingo. Em suas barracas, além do variado artesanato, os visitantes encontram pratos típicos da culinária mineira e bebidas. Tudo isso contribui para a feira se transformar em um pólo de lazer e entretenimento.

Em frente ao local onde acontece a feira, estão alguns dos mais importantes bens tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) em Belo Horizonte, como o Automóvel Clube (uma imponente construção de 1943), o Palácio da Justiça Rodrigues Caldas (sede do Tribunal de Justiça do Estado) e o Conservatório de Música de Minas Gerais (outro imóvel da primeira metade do século 20).

Fonte: Portal do Governo de Minas

Mercado Central

Com mais de 400 lojas – um dos pontos comerciais mais procurados de Belo Horizonte – o Mercado Central recebe todos os dias da semana um público que consegue unir suas compras ao lazer e à diversão, percorrendo os corredores temáticos como o dos queijos, doce, artesanato, ervas, raízes, artigos religiosos, e as praças, como a da feijoada e a do abacaxi. Lado a lado com bancas coloridas de hortifrutigranjeiros sempre frescos, o visitante dispõe de um completo estoque dos mais variados produtos típicos da culinária mineira. Dentre os produtos mais procurados estão a goiabada, a cachaça da roça e o famoso queijo minas.

Os bares das entradas laterais lotam nos finais de semana, quando se transformam em ponto de encontro para moradores da capital mineira, disputando um lugar para comer tira-gosto de carne acebolada ou lingüiça e a cerveja sempre gelada. O letrista Fernando Brant, parceiro do compositor Milton Nascimento, assim define o local: “É uma festa para todos os sentidos, a síntese mais perfeita da cultura de Minas”. Cerca de 15 mil pessoas passam diariamente pelos seus 13.442 m2.

A idéia de um mercado municipal está presente desde o início da história de Belo Horizonte. Em 1900, a prefeitura baixou um decreto que regulamentava o mercado da capital, com normas de higiene e organização. Para facilitar a vida dos tropeiros, o município providenciara ranchos e pastos fechados para os animais. No final daquele ano, foi inaugurado o Mercado Municipal, no local onde hoje está a Rodoviária. Foi construído todo em ferro e vidro, importados da Bélgica.

Com o crescimento da população, aquele mercado ficou pequeno. As 40 mil pessoas que moravam na cidade na época da sua inauguração se transformaram em mais de 120 mil quase 30 anos depois. Assim, no dia 7 de setembro de 1929, foi aberto o atual Mercado Central, na avenida Paraopeba, hoje Augusto de Lima.

O novo mercado atendeu os apelos de comerciantes e pequenos produtores das colônias agrícolas que existiam nos arredores da cidade. Em seu novo endereço, começava a traduzir as transformações que ocorriam em Belo Horizonte e na sociedade urbana da capital.

Nas décadas de 1950 e 1960, a comunidade comercial enfrentou uma crise com as disputas políticas e concessões sem critérios para lojas, o que levou a prefeitura a lançar o edital de privatização do mercado, em 1963. Para concorrer com a empresa japonesa Cotia, os feirantes se organizaram e formaram uma cooperativa. Liderados pelo lojista Olímpio Marteleto, conseguiram comprar o imóvel da prefeitura.

Uma pesquisa das pedagogas Ana Cristina Pereira e Danielle Leoni de Freitas radiografou a freqüência do mercado. Os visitantes de mais de 50 anos vão ao mercado para curtir a memória dos bons tempos. Para quem está na faixa dos 30 aos 40 anos, as compras, o bate papo e o encontro com os amigos são o maior motivo da presença. Já os mais jovens buscam diversão.

Em ensaio publicado no livro BH, História de uma Cidade Centenária, a geógrafa Ana Lucy Oliveira Freira ressalta o valor social do mercado. Segundo ela, a importância do Mercado Central para a cidade é menos econômica (lugar de abastecimento) e geográfica (ponto central de articulação espacial) e mais social, tendo caráter folclórico, pois guarda a tradição e os costumes de Minas .

Fonte: Portal do Governo de Minas

Museu do Inhotim

Inhotim é um lugar em contínua transformação, onde a arte convive em relação única com a natureza. Situado em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (MG), Inhotim ocupa uma área de 45 ha de jardins – parte deles criada em colaboração com o paisagista brasileiro Roberto Burle Marx – com uma extensa coleção botânica de espécies tropicais raras e um acervo artístico de relevância internacional.

Inhotim foi apresentado pela primeira vez ao público em setembro de 2004 e, no ano seguinte, iniciou uma agenda de visitas para atender à rede escolar da região de Brumadinho e a grupos específicos. Em outubro de 2006, com estrutura completa para sua inauguração ao grande público, a instituição abriu as portas para visitas em dias regulares, sem a necessidade de agendamento prévio.

Inhotim é uma instituição comprometida com o desenvolvimento da comunidade onde está inserida. Sua coleção botânica e acervo de arte contemporânea são utilizados sistematicamente para projetos educativos e para a formação de profissionais de áreas ligadas à arte e ao meio ambiente. Inhotim também participa ativamente da formulação de políticas para a melhoria da qualidade de vida na região, seja em parceria com o poder público ou com atuação independente.

Todas as atividades desenvolvidas no Inhotim são promovidas pelo Instituto Inhotim – uma entidade privada, sem fins lucrativos e qualificada pelo Governo Federal e pelo Governo do Estado de Minas Gerais como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).

Arte Contemporânea

O acervo do Inhotim vem sendo formado desde meados de 1980, com foco na arte produzida internacionalmente dos anos 1960 até os nossos dias. Pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo e instalações de renomados artistas brasileiros e internacionais são exibidos em galerias espalhadas pelo Parque Ambiental.

Os espaços expositivos são divididos entre onze galerias dedicadas a obras permanentes, outras quatro para obras temporárias e diversas obras de arte espalhadas pelos jardins do Inhotim. Bienalmente uma nova mostra temporária é apresentada, com o intuito de divulgar as novas aquisições e criar reinterpretações da coleção, e novos projetos individuais de artistas são inaugurados, fazendo de Inhotim um lugar em constante evolução.

As galerias permanentes foram desenvolvidas especificamente para receber obras de Tunga, Cildo Meireles, Adriana Varejão, Doris Salcedo, Victor Grippo, Matthew Barney, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares, Janet Cardiff & Gerorge Miller e Doug Aitcken. As galerias temporárias – Lago, Fonte, Praça e Mata – têm cerca de 1 mil m² cada uma e contam todas elas com o mesmo tipo de arquitetura, com grande vãos que permitem aproveitamento versátil dos espaços para apresentação de obras de vídeo, instalação, pintura, escultura etc.

Parque Ambiental
A área total do Parque Ambiental do Inhotim, em constante crescimento, está distribuída em seus dois principais acervos: Reserva Natural, com 600 hectares de mata nativa conservada, e o Parque Tropical, com 45 hectares de jardins de coleções botânicas e cinco lagos ornamentais que somam 3,5 hectares de área.

O parque tem como diretrizes a conservação dos remanescentes florestais pertencentes aos biomas Mata Atlântica e Cerrado; resgate, ampliação e manutenção de coleções botânicas; emprego de técnicas sustentáveis de manejo; elaboração e desenvolvimento de programas socioambientais.

Atualmente são cultivadas, no jardim do Parque AmbiJardim, mais de 3.000 espécies de plantas. Entre as coleções botânicas de maior destaque, estão: cicas e sagus (Cycadaceae); nolina (Liliaceae); jerivás, butiás, tamareiras, macaúbas, babaçu (Palmae); zâmia (Zamiaceae).

Ações Educativas
Entre os programas do Educativo Inhotim, destaca-se o ‘Laboratório Inhotim, Brumadinho’. O programa promove o conhecimento da arte por jovens da rede escolar de Brumadinho e cidades vizinhas e fomenta a interação dos participantes com a produção artística contemporânea presente no museu, assim como com as diferentes manifestações da cultura local.

Através da ação educativa existente no museu, cerca de 1000 alunos das redes particular e pública de ensino de Brumadinho e da Grande Belo Horizonte visitam Inhotim toda semana. Os programas educativos promovem uma série de ações para aproximar a sociedade dos valores da arte, do meio ambiente, da cidadania e da diversidade cultural, atuando em duas frentes – Arte Educação e Educação Ambiental.

O Inhotim também oferece ao visitante um programa de visita em horários e locais preestabelecidos. A visita temática consiste em proporcionar um encontro entre o educador e o visitante para discussão sobre artistas e obras de arte do acervo. A visita temática propõe um recorte conceitual das obras em exposição, e pode ter como pontos de partida uma galeria, um artista, ou um roteiro específico dentro do parque. Com duração média de 1h acontece de quinta-feira a domingo nos seguintes 10h30, 13h30 e 15h.

A visita panorâmica consiste em proporcionar uma visão geral sobre a dinâmica do museu. Ao percorrer uma área do parque, a visita dá ênfase ao projeto paisagístico e às obras dispostas nos jardins de Inhotim. Com duração média de 1h30, a visita panorâmica acontece aos sábados, domingos e feriados às 11h e 14h. O ponto de partida é a recepção de Inhotim.

Ações sociais
Inhotim acredita que seu papel na comunidade extrapola a esfera de agente cultural e que é necessário criar e potencializar estratégias de desenvolvimento local, preservação do patrimônio e do meio ambiente, geração de renda, turismo, educação, esporte, saúde e infra-estrutura de Brumadinho.

Por meio da Diretoria de Cidadania, Inclusão e Ação Social, a instituição participa ativamente da formulação de projetos para a melhoria da qualidade de vida na região. Em 2008, o Inhotim, em parceria com mais de 30 representantes culturais, bandas, grupos musicais, músicos independentes, associações e estabelecimentos culturais de Brumadinho, criou o projeto ‘Brumadinho: uma cidade musical’. O programa promove a potencialização das ações que envolvem a música e as manifestações culturais da cidade. Um bom exemplo é o Coral Inhotim Encanto e a Iniciação Musical desenvolvidos com as quatro bandas existentes no município.

Os Corais Inhotim Encanto Infantil, Juvenil e Adulto reúnem 100 pessoas, moradoras do município de Brumadinho, e é uma parceria entre o Inhotim, Fundação Madrigal Renascentista, Prefeitura de Brumadinho e a Corporação Musical Banda São Sebastião.

Gastronomia
Em Inhotim, os visitantes contam com várias opções de alimentação, que vão de lanches rápidos a pratos mais elaborados.

O Restaurante Inhotim possui um ambiente agradável e integrado aos jardins e ao acervo de arte contemporânea da instituição. O cardápio é formado por um excelente e variado bufê de saladas, pratos à lá carte, extensa carta de vinhos, além de uma mesa de sobremesas com doces diversos.

Idealizado pelo designer Paulo Henrique Bicalho, o Ganso, o bar do Inhotim é um espaço agradável para tomar um drink com os amigos e apreciar a deliciosa culinária internacional. No cardápio, pratos à lá carte, drinks, petiscos e lanches mais leves.

O Bar é uma verdadeira galeria de arte com peças assinadas por renomados designers brasileiros, iluminação especial e ambientação que remete aos anos 50 e 70.

As lanchonetes do Inhotim estão localizadas na Galeria Fonte, Galeria True Rouge, Galeria Janet Cardiff & George Bures Miller e próxima à Galeria Rivane Neuenschwander. No menu, sanduíches, salgados, cachorro quente, pão de queijo, suco, refrigerante, etc.

Localizada no Centro Educativo Burle Marx, a cafeteria é o ambiente ideal para saborear um delicioso café da manhã, servido sempre aos finais de semana. Os coquetéis de café são especialidades da casa, que também possui diversas opções de bebidas quentes e geladas, sanduíches, salgados e doces.

Informações Gerais
Horário de visitação

Quintas e sextas-feiras, das 9h30 às 16h30

Sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30

Localização

Inhotim está localizado no município de Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (aproximadamente 1h15 de viagem). Acesso pelo km 500 da BR-381 – sentido BHSP. Pode-se chegar ao Inhotim também pela BR-040 (aproximadamente 1h30 de viagem). Acesso pela BR-040 – sentido BH-Rio, na altura da entrada para o Retiro do Chalé.

Fonte: Portal do Governo de Minas Gerais

Galpão das Paneleiras

Moqueca e torta legitimamente capixaba têm de ser feitas em panela de barro, tradição centenária no Espírito Santo. A cerâmica em argila queimada era fabricada pelos índios ainda antes da colonização portuguesa. Esse fazer se mantém vivo graças às paneleiras, que, há várias gerações, continuam fabricando artesanalmente as autênticas panelas de barro.

Para manter viva a tradição da cultura capixaba, as Paneleiras de Goiabeiras receberam um novo galpão em novembro de 2011, construído pela Prefeitura Municipal de Vitória com repasse de verba federal do Ministério do Turismo.

O galpão tem 32 cabines, todas com bancada, armário e prateleiras individuais. O espaço é arejado e bem iluminado naturalmente. No segundo piso, existe uma lanchonete e uma área que permite aos visitantes visualizarem todo o trabalho nas cabines e ainda proporciona uma visão incrível para o mangue.

Houve poucas mudanças na produção das panelas de barro em mais de 400 anos. A feitura artesanal da panela de barro é uma das maiores expressões da cultura popular de Vitória e do Espírito Santo. A fabricação é predominantemente feminina e familiar, é um saber passado de mãe para filha há muitas gerações.

Onde fica o Galpão das Paneleiras

Endereço: Rua das Paneleiras, 55, Goiabeiras

 

Fonte: Prefeitura de Vitória

Mergulhe na história de Ilhabela

Mergulhe na história de Ilhabela

Está afim de fazer um passeio exótico em Ilhabela? Aproveite as belezas naturais e aprecie o que a natureza fez com a obra humana. Ilhabela é o maior cemitério de navios da costa brasileira, com 21 naufrágios. As embarcações naufragadas podem ser visitadas em mergulhos, dependendo das condições climáticas.

O navio afundado em data mais antiga é o cargueiro misto Crest, que naufragou em 1882 por conta de uma tempestade. Ele carregava café e sacarias e pode ser visitado hoje a 30 metros da costa, de 9 a 17 metros de profundidade. A maioria dos navios afundou no século XX, por  choque com outras embarcações e tempestades e estão a até 200 metros da costa.

Outro cargueiro misto data do século XIX.  Darth era movido a vapor e vela e carregava café pela costa brasileira, naufragando a 40 metros da costa, por erro de navegação. Seus destroços estão de 5 a 17 metros de profundidade e possuem de média a boa visibilidade submarina.

O naufrágio mais recente é do navio petroleiro Alinea P, que está a cerca de 8 Km da costa e a 300 metros de profundidade desde 1990. Ele afundou devido a uma explosão e quem se propor a conhecer o petroleiro terá uma excelente visibilidade do navio. É uma aventura e tanto poder visitar e reviver um pedacinho da nossa história.

Ilhabela conta com empresas especializadas em mergulho, com cursos para iniciantes e saídas com guias especializados. As águas claras da região favorecem a experiência de admirar a flora e a fauna marinha que tomaram conta das embarcações que estão no fundo do mar.

Texto: Renato Sostena