Conheça as histórias dos teatros do Centro Histórico do Rio de Janeiro
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Além de ser uma cidade cartão postal, o Rio de Janeiro possui uma efervescência cultural grande no cenário nacional. Algo que pode ser novidade para muita gente, é que a capital carioca é também uma das que mais oferecem circuitos e festivais de teatro. Ao longo de todo o século XX, grandes espetáculos e importantes atores marcaram a história do teatro brasileiro nos espaços espalhados pela cidade. E esses lugares, grandes casas da dramaturgia brasileira, ainda estão lá. Separamos algumas curiosidades sobre oito delas, situadas no Centro Histórico do Rio, pra você conhecer um pouco mais.
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1 – Teatro Serrador (1940)
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Na fachada desse teatro, via-se o letreiro luminoso SERRADOR. O dono do teatro na época de sua inauguração, o empresário Francisco Serrador, quis escolher o nome do espaço por meio de uma votação popular. No entanto, um grupo de pessoas ligadas a organização dessa votação fraudou a escolha de modo que o resultado fosse um suposto nome que “teria” ficado em primeiro lugar: “Moda”. Mas, na verdade, o nome que havia ganhado de verdade era “Serrador”, que também estava na disputa. Depois de descoberta a farsa, o teatro ganhou o seu nome definitivo, e verdadeiro ganhador do concurso.
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2 – Café-concerto Rival (1975)
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No dia da reinauguração desse espaço, em 29 de outubro de 1975, o Jornal do Brasil, disse: “Com a reabertura do Teatro Rival, prevista para a segunda quinzena de novembro, o Rio vai ganhar seu primeiro Café-concerto, trazendo de volta às noites cariocas um tipo de espetáculo já quase esquecido, do começo do século, tempo de glória das confeitarias Colombo e Americana. ” E então é possível dizer aqui que é a história contando a própria história!
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3 – Teatro João Caetano (1979)
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Essa sala de teatro, talvez por conta de seu tamanho, é a que abriga os mais variados gêneros teatrais existentes e possíveis: dramas, recitativos, bailados, óperas, tragédias, vaudevilles, farsas, sátiras, entremezes, operetas, concertos, burletas, comédias, revistas, musicadas e shows. A história política e social do Rio de Janeiro passou por esse palco em forma de dramaturgia.
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4 – Teatro Maison de France
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Foi nesta sala que Fernanda Montenegro e Fernando Torres, dois dos maiores nomes do teatro nacional, encenaram por dois anos seguidos o maior sucesso da carreira deles, a peça “E”, lá nos anos 60, e foi por meio dessas apresentações que o público carioca pode conhecer o teatro de outro grande nome: José Celso Martinez Corrêa. Nascia ali o vanguardista Teatro Oficina.
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5 – Teatro Carlos Gomes (1961)
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Ao longo de sua história, o Teatro Carlos Gomes ficou conhecido por abrigar os gêneros mais picantes e maliciosos do teatro. Ninguém mais, ninguém menos que Dercy Gonçalves foi uma das atrizes que mais se apresentou nesta sala.
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6 – Teatro Glauce Rocha (1979)
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O espetáculo de estreia desta sala, a peça “Sonhos de um coração brejeiro naufragando de ilusão”, de Ernesto Albuquerque, venceu o I Concurso Nacional de Peças para Teatro de Bonecos do SNT. O espetáculo teve a direção do importante Ilo Krugli e se constituiu, por fim, como uma produção da Companhia Dramática Brasileira.
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7 – Teatro Nelson Rodrigues (1984)
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Durante muito tempo, ao logo das apresentações, um barulho estranho vindo do ar condicionado atrapalhava as apresentações. Na primeira vez em que isso aconteceu, o público achou que o barulho fazia parte do espetáculo. Agradou tanto que, depois que o conserto do aparelho foi feito, a sonoplastia adotou o estranho barulho no texto da peça “Viúva, porém honesta”.
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8 – Teatro SESC Ginástico (1938)
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Quando a reforma da sala aconteceu, já em 2005, ela ficou sendo então uma das primeiras no Brasil com um novo padrão de arquitetura e decoração que influenciaria as salas de teatro no país inteiro. Uma tonalidade clean e um elevador de vidro marcaram a nova cara do Teatro Sesc Ginásio.
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9 – Theatro Municipal
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É o maior e mais exuberante teatro do Rio de Janeiro. Foi inaugurado em 1909, quando a cidade ainda era a capital do país. A construção é símbolo da arquitetura de sua época e por ele já passaram vários espetáculos e peças. Se apresentar no palco do Municipal é um grande feito para dramaturgos do Brasil todo. Depois de sua mais recente reforma, em 2010, constatou-se que existem 219 mil folhas de ouro e 57 toneladas de cobre em seu acabamento. Muito requinte!
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